Manual para instrução de voo no cesna 150
(Apostila)
Se tu podes crer tudo é possível ao que crê”.
Marcos 9:23
SUMARIO
- APRESENTAÇÃO____________________________________________________________3
- INSPEÇÃO PRÉ VOO_________________________________________________________4
- ANTES DO ACIONAMENTO DO MOTOR_______________________________________ 4
- APOS ACIONAMENTO DO MOTOR____________________________________________6
- PROCEDIMENTO NO PONTO DE ESPERA______________________________________ 7
- CANTAR BRIENFING DE DECOLAGEM________________________________________8
- NO ALINHAMENTO DA CABECEIRA DA PISTA_________________________________8
- PARA MANTER A AERONAVE EM UMA DETERMINADA VELOCIDADE___________9
- MANOBRAS DE DE 180º_____________________________________________________10
- PROCEDIMENTO DE SUBIDA________________________________________________10
- PROCEDIMENTO DE DECIDA COM MOTOR (POTENCIA)_______________________ 10
- PROCEDIMENTO DE VOO PLANADO_________________________________________10
- ENTRADA EM CIRCUITO DE TRAFEGO_______________________________________11
- APOS O POUSO____________________________________________________________ 13
- POUSO DE EMERGENCIA___________________________________________________ 13
- TIPOS DE PROCEDIMENTOS________________________________________________ 16
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho é um pequeno manual sendo básico do básico para voo na aeronave cesna 150 e tem por objetivo desenvolver a auto critica e procedimentos operacionais em regime de acionamento até o pouso da referida aeronave.
Esta metologia tem condições de fornecer subsídios técnicos memoráveis para o piloto mesmo sem alguns dias sem voar para que não venha esquecer procedimentos fundamentais.
Com relação ao local para o voo de treino, trata-se do aeródromo de Tiete e a aeronave em questão trata-se do Cesna 150 PT CZQ ( aeronave esta que o autor, voo aproximadamente 70 horas).
O manual aqui apresentado não é um trabalho acadêmico, mas sim um trabalho desenvolvido por quem tem a aviação como uma grande paixão, um sonho que começou aos 7 anos de idade o qual o autor sem condições financeiras sonhava em um dia voar como piloto de uma aeronave.
Tendo como um grande empecilho as condições financeiras e muitas vezes ficando sem poder voar e para não esquecer os procedimentos operacionais teve se a ideia de registrar o passe a passe desde a pré inspeção até o corte do motor, esta inserido nesta manual o check list desta aeronave (tipo), bem como um manual de fraseologia aeronáutica. É importante que se face o voo mental ao ler este manual como se estivesse realmente voando.
Espero que este humilde trabalho possa de alguma forma ajudá-los.
“Um grande abraço a todos, e lembre sempre que tudo esta nas mãos de Deus e com muita fé devemos buscar.”
MANUAL BASICO DE PROCEDIMENTOS DE VOO DO CESNA 150.
(mine manual de pratica de voo)
1). INSPEÇÃO PRÉ VOO.
Nível de óleo checado?
Aeronave, abastecida e drenada?
Pitot descoberto?
Calço retirado?
Inspeção de asas, pneu, roda, hélice, spnner, flap, aerelon, profundor etc?
Completa......(Inspeção externa)
2).ANTES DO ACIONAMENTO DO MOTOR
Portas fechada e travadas, cinto de segurança ajustado e travado.
Procedimento básico para acionamento: Máster ligado, Mistura rica, magneto em ambos, Seletora de combustível aberta, Carburador fechado;
Check de área para acionamento do motor: esquerda livre, proa livre, direita livre, verificar a se há alguém ou objeto atras da aeronave;
Feito isto, acionar o botão de partida (freios aplicados).
Inspeção Externa ........................................................................... EXECUTADA
Pasta e Equipamentos ................................................................... A BORDO
Cintos e Suspensórios ................................................................... AJUSTADOS
Disjuntores ..................................................................................... COMPRIMIDOS
Equipamentos Elétricos ................................................................. DESLIGADOS
------------------------------------ LIVRE PARA ACIONAMENTO --------------------------------------------
Freios ............................................................................................ APLICAR
Bateria e Alternador ...................................................................... LIGAR
Seletora de Combustível .............................................................. ABERTA
Ar Quente ..................................................................................... FECHADO
Mistura .......................................................................................... RICA
Potência ........................................................................................ 2 a 3 INJETADAS, ABRIR 1/4
Luz de Posição (BCN) ................................................................... LIGAR
Área da Hélice ............................................................................... LIVRE
Magnetos / Ignição ........................................................................ ACIONAR
Potência ........................................................................................ 1000 RPM
Ajustar....................................................................QNH
3).Apos motor acionado
Motor acionado (checar pressão do óleo, checar temperatura do óleo), aguardar por 5 (cinco) minutos;
Transpônder ligado em stand bay;
Radio ligado na frequência apropriada;
Fazer fonia, ex: PT CZQ, acionado no patio do aeroclube de Tiete, vai taxiar até o ponto de espera da 02 ou 20.
MOTOR ACIONADO
Pressão do Óleo ................................................................... CHECAR
Temperatura do óleo............................................................. CHECAR
Amperímetro ......................................................................... CHECAR POSITIVO
Flaps ..................................................................................... RECOLHIDOS
Transponder ......................................................................... STBY
Rádio .................................................................................... LIGAR
Luzes de Navegação ........................................................... SE REQUERIDO
4). PROCEDIMENTO NO PONTO DE ESPERA
Check liste não mão para os próximos procedimentos...
Freios ................................................................................................APLICADOS
Comandos .........................................................................................LIVRES E CORRESPONDENTES
Compensador ....................................................................................AJUSTAR PARA DECOLAGEM
Flaps ..................................................................................................AJUSTAR PARA DECOLAGEM
Potência ............................................................................................1700 RPM
Sucção do giro ..................................................................................CHECAR
Amperímetro .....................................................................................CHECAR
Pressão do Óleo ...............................................................................CHECAR
Temperatura do Óleo ........................................................................CHECAR
Mistura ..............................................................................................CHECAR
Magnetos ..........................................................................................CHECAR
► QUEDA MÁXIMA 150 RPM – DIFERENÇA MÁXIMA 50 RPM
Potência ............................................................................................MARCHA LENTA (600 a 800 RPM)
Potência ............................................................................................1000 RPM
Ar Quente ..........................................................................................CHECAR
Bateria e Alternador ...........................................................................LIGADOS
Mistura ...............................................................................................RICA
Seletora de Combustível ...................................................................ABERTA
Cintos e Assentos .............................................................................AJUSTADOS E TRAVADOS
Instrumentos ......................................................................................AJUSTAR E CHECAR
Portas e Janelas ...............................................................................FECHADAS E TRAVADAS
Briefing de Decolagem ......................................................................REALIZAR
5). CANTAR BRIEFING DE DECOLAGEM
- SE NÃO HOUVER INDICAÇÃO DE RPM -ABORTAR A DECOLAGEM;
- 1/ 3 NÃO ATINGIU 2300 RPM E VELOCIDADE- ABORTAR DECOLAGEM;
-2 / 3 DA RWY NÃO ATINGIU 60 NM –ABORTAR A DECOLAGEM;
PANE ABAIXO DE 500 FT PICAR E POUSAR EM FRENTE OU NAS LATERAIS COM CURVAS DE NO MAXIMO 45º;
PANE ACIMA DE 500 FT AVALIAR RETORNO PARA PISTA COM CURVA DE PEQ INCLINAÇÃO PARA O LADO DO VENTO.
Apos check list no ponto de espera, fazer check de área CHECK DE AREA ( PERNA BASE LIVRE? FINAL LIVRE?) para ingressar na cabeceira da pista.
6). NO ALINHAMENTO DA CABECEIRA DA PISTA
FONIA, EX: PT CZQ, VAI ALINHAR NA 02 OU 20 EM TIETE PARA DECOLAGEM IMEDIATA.
CHECAR BUSSOLA COM O GIRO DIRECIONAL (AMBAS DEVEM CORRESPONDER), FAZER A CONFIGURAÇÃO SE NECESSARIA.
ACENDER LUZ DE POUSO, TRANPONDER EM ALT.
CHECK DE DECOLAGEM, PRESSÃO DO OLEO? TEMPERATURA DO OLEO?
MISTURA RICA?CARBURADOR FECHADO? MASTER LIGADO? MAGNETOS EM AMBOS? SELETORA DE COMBUSTIVEL ABERTA?
APLICAR FREIO, DAR TODA A POTENCIA AO ATINGIR 2500 RPM, ALIVIAR O MANCHE, CORRER PISTA, O VEL.INDICANDO 60 NM CONTINUAR A CORRIDA, AO ATINGIR 65 NM,IR TIRANDO DEVAGAR DO CHÃO, JÁ TRABALHANDO O COMPENSADOR (CABRANDO LEVEMENTE, CONFIGURANDO A AERONAVE PARA SUBIR COM 70 NM).
APOS DECOLAGEM
AO ATINGIR 500 FT, RECOLHER FLAP, APAGAR FAROL, DIMINUIR A RPM DE 2500 PARA 2400 RPM, CHECAR PRESSÃO DO OLEO TEMPERATURA DO OLEO.
AO ATINGIR O NIVEL DESEJADO EX: 3500 FT, COLOCA SE A AERONAVE NA ALTITUDE DO HORIZONTE, TRABALHA COMPENSADOR ( DE PREFERENCIA PICANDO O COMPENSADOR), APÓS CHECK ATRAVES DO MANCHE SE A AERONAVE ESTA ESTABELIZADA, DIMINUIR A POTENCIA PARA MANTER A AERONAVE EM VOO DE CRUZEIRO SEM VARIAR A ALTITUDE.
7).PARA MANTER A AERONAVE EM UMA DETERMINADA VELOCIDADE
Procedimento: Pucha o manche (trabalha manche) na velocidade desejada, ex: 80 NM, pucha o manche na indicação desta velocidade, trabalha compensador, procurando estabilizar.
Verificação de voo estabilizado: Solta o mancha e verifica a tendencia da a aeronave (se a aeronave esta picando ou cabrando, isto vai demonstrar variação de velocidade e e altitude);
O manche tem a função de controlar a velocidade ( aumentar ou diminui) com o nariz em baixo (manche picado a velocidade aumenta, manche cabrado velocidade diminui);
O compensador tem a função de controlar (compensar) a altitude, bem como estabilizar a aeronave em um determinada velocidade, aliviando os esforços físicos do piloto.
A Manete de potencia tem a função fornecer condições de voo para a aeronave subir ( na medida em que diminui, aeronave já não tem condições de subir mais) no caso de haver interesse em subir deverá aplicar potencia e trabalhar manche e compensador (para configurar a velocidade no perfil de subida).
8). MANOBRA DE 180 GRAUS
ESCOLHE UMA REFERENCIA NO SOLO, EX: UM PREDIO (REFERENCIA LONGE) A ESQUERDA OU DIREITA, SE FOR ESCOLHIDO A REFERENCIA DO LADO ESQUERDO, A AERONAVE VAI GIRAR COLOCANDO A PONTA DA ASA DIREITA APONTANDO PARA A REFERENCIA ESCOLHIDA,... PRONTO ESTAMOS A 180 GRAU, ANTES DESTE PROCEDIMENTO É IMPORTANTE CORREGIR A BUSSOLA COM O GIRO DIRECIONAL PARA DAR INDICAÇÃO CORRETA.
9). PARA MUNDANÇA DE NIVEL DE ALTITUDE (SUBIR)
- 1. Dar potencia, trabalhar compensador cabrando, subindo com 70 NM;
- 2. Apos atingir a altitude desejada, coloca-se a aeronave em nível com o horizonte, trabalha compensador (solta o manche e verifica se a aeronave esta estabilizada), diminuir potencia, para que a aeronave não tenha tendencia em subir.
- 3. Compensa a aeronave em uma determinada velocidade ou seja a velocidade pretendida em cruzeiro é de 85 NM.
10). PROCEDIMENTO DE DECIDA COM POTENCIA ( MOTOR)
- 1. Coloca a aeronave em perfil de decida, trabalhando compensador (neste caso a aeronave vai descer com grande velocidade no caso do cesna 150, varia de 100 NM a 120 . Obs: Diminuir a RPM para evitar estol de hélice.
- 2. Existe outro tipo de descida com motor ou potencia, que consiste em colocar o motor 1800 RPM, compensar a aeronave para descer com 85 NM.
11). PROCEDIMENTO DE VOO PLANADO
- 1. Tira toda a potencia, compensa a aeronave para descer com 70 NM (velocidade de planeio).
70 NM é a melhor velocidade de planeio do cesna 150.
12). ENTRADA EM CIRCUITO DE TRAFEGO.
- 1. Estar atento para a altitude de circuito de trafico ou seja 1000 ft acima do Aeródromo , no caso de Tiete o QNH é 1640, sendo assim a altitude de circuito de trafico é 2640 ft;
- 2. Estando então a 2640 ft, procedimento de entrada no circuito (padrão) é a 45º do Aeródromo;
- 3. Fazer fonia Ex: PT CZQ, na perna do vento da 02/20 em Tiete;
- 4. Na perna do vento, fazer Brienf de check pré pouso: Pressão do óleo do motor? Temperatura do óleo do motor? Mistura Rica?, Carburador fechado? Máster ligado? Magnetos em ambos, Seletora de combustível aberta?
- 5. Próximo a perna base: A aeronave compensada 70 NM, aplicar 10º de Flap, acender farol de pouso, trabalhar compensador para aeronave descer e manter 70 NM (configurar a aeronave para pouso).
Obs: ao aplicar o flap procura dar uma picadinha com aeronave (nariz um pouco a baixo) para evitar entrada em stol.
- 6. Diminuir a potencia (1500 ou 1300 RPM), procurar manter a mão na manete de potencia, verificar se a aeronave esta compensada para o perfil de decida (manche e compensador), manter vigilância na velocidade de aproximação, que deverá ser no minimo 70 NM e no máximo 80 NM
Obs: para um pouso seguro, utiliza a velocidade de melhor planeio, 70 NM.
- 7. Girar perna base, na perna base fazer fonia Ex. PT CZQ na berna base da 20 em Tiete para pouso completo ou toque e remetida;
- 8. Garantiu a rampa para pouso tirar toda a potencia, mantem a aeronave no perfil de descida (nariz em baixo levemente, 70 NM), próximo já da pista ir trabalhando o nivelamento (recomenda o toque da duas rodas traseiras para o toque na pista, pouso de três pontos), deixando a aeronave tocar levemente a pista.
13). APÓS O POUSO
Manter o motor a 1000 RPM( variar pouca RPM para o taxiamento) recolher flap, apagar farol, taxiar até o estacionamento, no táxi a variação de RPM não pode ultrapassar 1300 RPM.
No ponto de estacionamento, manter o motor a 1000 RPM, freios aplicados, pegar check liste para corte de motor.
Freios .....................................................................................APLICADOS
Rádios ....................................................................................DESLIGADOS
Equipamentos Elétricos .........................................................DESLIGADOS
Luzes de Navegação .............................................................DESLIGADA
Transpônder...........................................................................DESLIGADO
Potência................................................................................ 1000 RPM
Manete de Mistura.................................................................... Pobre.
14). PANE DE MOTOR
Procedimento: Compensa a aeronave em 70 NM, visualizar um local adequado para o pouso, tentar reacionamento do motor, checando: mistura (rica), carburador fechado, máster ligado, magnetos em ambos, seletora de combustível aberta, reacionar(motor) o potão de partida.
Não houve reacionamento do motor: já tendo o local para o pouso em emergência, informa através de radio a emergência, bem como destravar porta, como lançar para traz objetos cortantes e perfurantes.
Apos pouso em emergência, fazer check de abandono: mistura cortada, máster desligado, magnetos desligado, radio desligado, transpônder desligado.
Conforme check list da aeronave... (encontra-se na ultima pagina).
TIPOS DE PANE
Falha de motor na decolagem
Potência ......................................................................MÍNIMO
Freios ........................................................................APLICAR
Mistura .......................................................................CORTAR
Bateria, Alternador e Magnetos .....................................DESLIGAR
Falha de motor após a decolagem
Velocidade de melhor planeio (70 KIAS)
Potência ................................................................MÍNIMO
Mistura .................................................................CORTAR
Seletora de Combustível ..........................................FECHAR
Bateria, Alternador e Magnetos ...............................DESLIGAR
Falha do motor em Voo
Velocidade de melhor planeio (60 KIAS)
Aquecimento do carburador ......................................QUENTE
Seletora de Combustível ...........................................ABERTA
Mistura .......................................................................RICA
Magnetos ..............................................LIGADOS / PARTIDA
------------------------SE NÃO VOLTAR A FUNCIONAR----------------------
Seletora de Combustível ...........................................FECHAR
Mistura ..................................................................CORTAR
Bateria, Alternador e Magnetos ...............................DESLIGAR
Efetuar pouso de emergência, já com local definido para o pouso.
Fogo no motor durante a partida
Acionamento ...............................................................CONTINUAR
Seletora de combustível ..............................................FECHAR
Mistura .........................................................................CORTAR
Bateria, Alternador e Magnetos ...................................DESLIGAR
Abandonar a aeronave
Fogo no motor durante o voo
Seletora de combustível ......................................FECHAR
Mistura .............................................................CORTAR
Bateria, Alternador e Magnetos ..........................DESLIGAR
Aquecimento de cabine .......................................FECHAR
Velocidade .............85 KIAS (aumentar se fogo não extinguir)
Fogo elétrico em voo
Bateria, Alternador .............................................DESLIGAR
Equipamentos Elétricos ......................................DESLIGAR
Vents .................................................................FECHAR
Abrir Janelas
Usar extintor se necessário
Fogo na cabina
Bateria, Alternador ...........................................DESLIGAR
Vents ...............................................................FECHAR
Abrir …..................................................................Janelas
Usar extintor …................................................se necessário
Fogo na asa
Luz de navegação .........................................DESLIGAR
Aquecimento do pitot .....................................DESLIGAR
Derrapar em direção ao fogo e pousar o mais rápido possível
TIPOSDEPROCEDIMENTOS
LIVRO DE BORDO - É o livro no qual são registrados quaisquer irregularidades notadas na operação ou no estado da aeronave.
Esse Livro deverá ser consultado obrigatoriamente antes de cada vôo.
EQUIPAMENTO DE VÔO - Faz parte do equipamento de vôo qualquer equipamento que seja necessário ao Piloto para a realização do vôo, tais como: pára-quedas, capacetes, fones, etc.
Como e quando aplicável, deverão ser inspecionados e utilizados de acordo com o Manual de Vôo da Aeronave.
INSPEÇÕES - São procedimentos necessários à verificação do estado da aeronave, bem como sua preparação para o vôo.
A execução das inspeções deverá ser feita de acordo com a prevista no Manual de Vôo da Aeronave.
CHEQUES - São os procedimentos previstos :
- Após a partida e antes da rolagem, que visam verificar se as indicações dos instrumentos do motor, descritas no Manual de Vôo da Aeronave, estão dentro dos parâmetros normais de operação;
- Antes da decolagem, que visam verificar o correto funcionamento e configuração da aeronave para a decolagem de acordo com os parâmetros previstos no Manual de Vôo da Aeronave.
A execução dos cheques deverá ser feita de acordo com o previsto no Manual de Vôo da Aeronave.
FRASEOLOGIA - São procedimentos necessários à rádio-comunicação entre a aeronave e os Órgãos de Controle de Tráfego de Aéreo.
Deverá ser utilizada a fraseologia padrão estabelecida na IMA 100-12.
ROLAGEM - É a manobra de taxiar a aeronave com o motor acionado, do local de partida até a pista de pouso e decolagem ou vice-e-versa, ou ainda um local indicado pelo Operador ou Administrador do Aeródromo.
Deverá ser executada de acordo com o previsto no Manual de Operação da Aeronave, observando que se deverá executar um ‘S’ quando em aeronave com trem-de-pouso convencional.
A parada no ponto de espera (posição 2) deverá ser feita conforme o previsto na IMA 100-12.
DECOLAGEM - Chama-se decolagem a manobra de movimentar o avião, desde a sua posição de alinhamento na pista até o ponto em que se estabelece a subida.
Deverá ser executada de acordo com o previsto no Manual de Vôo da Aeronave.
SAÍDA DO TRÁFEGO - É a manobra de abandono da área de tráfego.
SUBIDA PARA A ÁREA DE INSTRUÇÃO - É a manobra de subir para a área de instrução.
Deverá ser feita da seguinte forma:
- Na direção da área de instrução, mediante a definição de um rumo geral;
- Na velocidade e regime de subida estabelecidos no Manual de Vôo da Aeronave ou Carta de Operação da Aeronave.
- Executando mudança de proa de 45º, em direções alternadas, em curvas de pequena inclinação, a partir do rumo geral, com pequenos intervalos de reta.
NIVELAMENTO - É a manobra de nivelar a aeronave no nível de vôo ou altitude pretendida.
Deverá o piloto, após atingir o/a nível/altura previsto/a, esperar o acréscimo de velocidade de 10 milhas/knots acima da velocidade de subida estabelecida no Manual de Vôo da Aeronave ou Carta de Operação da Aeronave para reduzir a potência do motor para o regime estabelecido.
APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE INSTRUÇÃO - é o procedimento de apresentar ao aluno pontos de referência da área de instrução na qual está sendo realizado o vôo, chamando a atenção para os portões de entrada e saída, posições a serem reportadas, etc.
USO DOS COMANDOS - É a operação dos comandos de vôo da aeronave.
Essa operação deverá ser feita convenientemente, de forma suave, coordenada e efetiva.
USO DO MOTOR - É a operação do motor da aeronave.
Essa operação deverá ser feita convenientemente, devendo a manete ser movimentada de forma suave e efetiva, a fim de assegurar uma resposta adequada e correta do motor.
USO DO COMPENSADOR - É a operação do compensador da aeronave.
Essa operação deverá ser feita convenientemente, de forma suave e coordenada.
RETAS E CURVAS SUBINDO - O Piloto deverá executar essas manobras da seguinte forma:
- Estabelecer um rumo inicial para o início das manobras;
- Estabelecer o regime de subida previsto no Manual de Vôo da Aeronave;
- Cabrar a aeronave para um ângulo de subida apropriado à manutenção da velocidade de subida estabelecida no Manual de Vôo da Aeronave
- Após atingir a velocidade de subida estabelecida no Manual de Vôo da Aeronave, efetuar, em curva de pequena inclinação, um deslocamento inicial de 45º, a partir do rumo estabelecido;
- Após atingir a posição de 45º, nivelar a asas da aeronave e efetuar uma curva de pequena inclinação na direção oposta até perfazer uma proa de 90º com essa última posição;
- Após atingir a nova posição, nivelar as asas da aeronave e efetuar curva de pequena inclinação na direção oposta até perfazer uma proa de 90º com essa posição;
- Após atingir a nova posição nivelar as asas da aeronave e efetuar curva de pequena inclinação na direção oposta até retornar ao rumo inicial;
- Após atingir o rumo inicial, nivelar as asas da aeronave e depois nivelar a aeronave.
RETAS E CURVAS DESCENDO - O piloto deverá executar essas manobras da seguinte forma:
- Estabelecer um rumo inicial para o começo das manobras;
- Estabelecer um regime de descida estabelecido pelo Manual de Vôo da Aeronave;
- Após atingir a velocidade de descida estabelecida, picar a aeronave para um ângulo de descida apropriado à manutenção dessa velocidade;
- Após esse procedimento, efetuar, uma curva de pequena inclinação, com um deslocamento inicial de 45º a partir do rumo estabelecido;
- Após atingir a posição de 45º, nivelar as asas da aeronave e efetuar uma curva de pequena inclinação na direção oposta até perfazer uma proa de 90º com essa última posição;
- Após atingir a nova posição, nivelar as asas da aeronave e efetuar curva de pequena inclinação na direção oposta até perfazer uma proa de 90º com essa posição;
- Após atingir a nova posição, nivelar as asas da aeronave e efetuar curva de pequena inclinação na direção oposta até retornar ao rumo inicial;
- Após atingir o rumo inicial, nivelar as asas da aeronave e depois nivelar a aeronave.
VÔO NIVELADO - É a manobra voltada a manter a altitude/altura e direção constantes.
CURVAS DE PEQUENA INCLINAÇÃO - É uma manobra básica utilizada para mudar a direção da aeronave, que deve ter 15º de inclinação.
CURVAS DE MÉDIA INCLINAÇÃO - É uma manobra básica utilizada para mudar a direção da aeronave, que deve ter 30º de inclinação.
CURVAS DE GRANDE INCLINAÇÃO - É uma manobra básica utilizada para mudar a direção da aeronave, que deve ter 45º de inclinação.
ORIENTAÇÃO NA ÁREA - É o procedimento voltado a capacitar o Piloto a se localizar na área de instrução tomando por bases referências geográficas.
ESTOL COM MOTOR - É a manobra que tem por finalidade familiarizar o Piloto com a situação de perda de sustentação da aeronave, e ensiná-lo a sair da mesma, com a correta atuação nos comandos de vôo e motor da aeronave. Para execução dessa manobra deverá ser observado o seguinte:
Þ Realizar cheque para pouso de acordo com o Manual de Vôo da Aeronave;
Þ Clarear a área com curvas para ambos os lados;
Þ Estabelecer um rumo para o início da manobra;
Þ Cabrar a aeronave para um ângulo de 15º,mantendo as asas niveladas e a direção constante até conseguir uma sensível perda de sustentação;
Þ Usar o compensador apenas para o estabelecimento inicial de atitude;
Þ Após a perda de sustentação, deverá o Piloto iniciar a recuperação, cedendo o manche à frente, até que a aeronave atinja uma atitude de vôo picado, e, simultaneamente, levando a manete, de modo suave e constante, toda à frente.
Þ Após verificar um incremento de velocidade, iniciar simultaneamente o nivelamento da aeronave e a redução do motor para o regime estabelecido.
ESTOL SEM MOTOR - É a manobra que tem por finalidade capacitar o Piloto a reconhecer e evitar uma situação crítica durante uma aproximação final para pouso, e ensiná-lo a sair da mesma, com a correta atuação dos comandos e motor da aeronave.
Para realização dessa manobra deverá ser observado o seguinte:
- realizar cheque para pouso de acordo com o Manual de Vôo da Aeronave;
- clarear a área com curvas para ambos os lados;
- estabelecer um rumo para início da manobra;
- reduzir o motor e, após configurar a aeronave para pouso, estabelecer um planeio com a velocidade indicada no Manual de Vôo da Aeronave;
- usar o compensador apenas para o estabelecimento inicial da atitude;
- após a definição do planeio, ir levantando o nariz da aeronave para estabelecer uma atitude de pouso, até a ocorrência da perda de sustentação;
- após a perda de sustentação, deverá o Piloto iniciar a recuperação como no item de estol com motor.
PANE SIMULADA - É o treinamento de procedimentos de emergência, iniciado acima de 1000ft que visa capacitar o Piloto a executar , com proficiência e confiança, quando em situação de emergência, manobras necessárias à segura aterragem da aeronave.
Deverá ser ensinado ao Piloto as seguintes medidas:
- Atitude de velocidade recomendada pelo Manual de Vôo da Aeronave;
- Local de Pouso;
- Procedimentos de Emergência;
- A arremetida deverá ser efetuada, no mínimo, a 300ft de altura.
PANE SIMULADA À BAIXA ALTURA - É o treinamento de procedimentos de emergência, iniciado entre 500 e 1000ft, que visa capacitar o piloto a executar, com proficiência e confiança, quando em situação real de emergência, manobras necessárias à segura aterragem da aeronave.
Deverá ser ensinado ao Piloto as seguintes medidas:
> Atitude e velocidade recomendada pelo Manual de Vôo da Aeronave;
> Pousar em frente, livrando obstáculos no setor de até 45º para cada lado;
> Se acima de 500ft, poderão ser escolhidas áreas para pouso a até 90º do eixo da aeronave;
> Procedimentos de emergência como possível;
> A arremetida deverá ser efetuada, no mínimo, a 300ft de altura.
"S" SOBRE ESTRADA - É a manobra que consta de duas curvas alternadas sobre uma estrada, que serve de referência nas diversas fases de execução.
Essa manobra visa dar ao Piloto, em fase primária de instrução, a base fundamental para uma pilotagem exata, segura e coordenada enquanto ele divide sua atenção entre a aeronave e o exterior. O objetivo é fazer o Piloto seguir, coordenadamente, um traçado de curvas alternadas de 180º, mantendo a altura e compensando os efeitos de deriva provocado pelo vento.
Para execução dessa manobra deverá ser observado o seguinte:
· Escolher uma referência reta (estrada, rio, praia, etc.), verificando a direção do vento;
· Manter a altura e o regime estabelecidos no Manual de Vôo da Aeronave;
· Iniciar a manobra com 90º com a referência, de preferência com o vento;
· Após cruzar a referência, iniciar uma curva de 180º, de pequena inclinação, para qualquer lado;
· Controlar o efeito do vento, com a inclinação das asas, a fim de cruzar a referência novamente a 90º com as asas niveladas;
· Ao cruzar a referência, iniciar com outra curva de pequena inclinação, no sentido contrário ao da primeira, controlando o efeito do vento com a inclinação das, de modo a executar um "S" com pernas simétricas.
"8" AO REDOR DE MARCOS - É a manobra que consiste em descrever uma trajetória em oito ao redor de dois marcos escolhidos no terreno, afastados aproximadamente 1000 metros um do outro.
Essa manobra visa dar ao piloto, em fase primária de instrução, uma base para uma pilotagem exata, segura e coordenada enquanto ele divide sua atenção entre a aeronave e o exterior.
Para a execução dessa manobra deverá ser observado seguinte:
- Manter a altura e o regime estabelecidos no Manual de Vôo da Aeronave;
- Entra-se a 45º com uma linha imaginária que una os marcos, e com o vento de cauda;
- Exatamente ao lado do marco, inicia-se uma curva de grande inclinação, passando para média com o vento de lado e diminuindo para pequena inclinação enquanto estiver com o vento de frente, aumentando para média e depois para grande;
- Nos vôos em linha reta, compensar o vento;
- Os marcos deverão ser escolhidos de tal maneira que a reta imaginária que os une seja perpendicular ao vento;
- A distância entre o marco e o vento não deve variar.
VÔO PLANADO - É a manobra que visa capacitar o Piloto a estabelecer a necessária atitude de arfagem, aeronave picada, para a manutenção do vôo de planeio, adequado à condução segura da aeronave, em treinamento ou em pane real, até a aproximação final para pouso.
Deverá ser observado durante o vôo de planeio o regime e a velocidade estabelecidos no Manual de Vôo da Aeronave.
DESCIDA PARA O TRÁFEGO - É a manobra de abandono da área de instrução, visando o retorno ao aeródromo base da operação, ou manobra prevista em missão de navegação, visando o abandono do nível/altura de cruzeiro para o pouso.
De verá ser feita da seguinte forma:
- Na direção do aeródromo;
- Na velocidade e regime de descida estabelecidos no Manual de Vôo da Aeronave;
- Executando mudanças de proa de 45º, em direções alternadas, em curvas de pequena inclinação, a partir do rumo geral de descida.
ENTRADA NO TRÁFEGO - É a manobra necessária para a correta entrada da aeronave no circuito de tráfego do aeródromo de pouso.
Para a sua execução, deverão ser seguidas as instruções emanadas dos Órgãos de Controle de Tráfego Aéreo ou previstas na IMA 100-12.
TRÁFEGO - É a manobra a ser executada pela aeronave necessária para o pouso no aeródromo pretendido.
Para a execução, deverão ser seguidos os seguintes procedimentos:
Ä Clarear a área;
Ä Realizar os cheques previstos no Manual de Vôo da Aeronave;
Ä Manter altura de 1000ft, ou como determinado pelos Órgãos de Controle de Tráfego Aéreo;
Ä Manter velocidade/regime estabelecidos no Manual de Vôo da Aeronave;
Ä Manter as distâncias estabelecidas da pista determinadas pelos Órgãos de Controle de Tráfego Aéreo.
APROXIMAÇÃO 90º - É a manobra que tem como finalidade desenvolver a capacidade do Piloto no julgamento para pouso em pista ou, num caso de emergência uma área livre.
Deverá ser feita da seguinte forma:
® Entrar no Tráfego normalmente;
® Efetuar cheque para pouso no início da perna do vento de acordo com o Manual de Vôo da Aeronave;
® Iniciar a 600Ft de altura;
® Na perna base, a 45º da cabeceira da pista, reduzir todo o motor e estabelecer o planeio;
® Comandar as posições de flap de acordo com o julgamento, a fim de fazer uma aproximação sem motor e estar alinhado na final a 300Ft;
® Pousar dentro do primeiro terço da pista.
APROXIMAÇÃO DE 180º - É a manobra que tem como finalidade desenvolver a capacidade do Piloto no julgamento para o pouso em pista ou, num caso de emergência, em área livre.
Deverá ser feita da seguinte forma:
- Entrar no tráfego normalmente;
- Efetuar cheque para pouso no início da perna do vento de acordo com o Manual de Vôo da Aeronave:
- Manter 1000Ft de altura para, no través da cabeceira da pista, após reduzir todo o motor, iniciar o planeio;
- Executar a aproximação em curva, comandando as posições de flap de acordo com o julgamento, a fim de fazer uma aproximação sem motor e alinhar na final a 300Ft;
- Pouso dentro do primeiro terço de pista.
APROXIMAÇÃO DE 360º - É a manobra que tem por finalidade desenvolver a capacidade do Piloto no julgamento para poso em pista ou, num caso de emergência, em área livre.
Deverá ser feita da seguinte forma:
Þ Entrar no tráfego normalmente;
Þ Iniciar cheque para pouso no início da perna do vento de acordo com o Manual de Vôo da Aeronave;
Þ Subir a 1300Ft de altura para, na vertical da pista, após reduzir todo o motor, iniciar o planeio;
Þ Executar a aproximação em curva, comandando as posições de flap de acordo com o julgamento, a fim de fazer uma aproximação sem usar o motor alinhando na final a 300Ft;
Þ Pousar no primeiro terço de pista.
GLISSAGEM - Essa manobra visa ensinar ao Piloto a ter capacidade de realizar um incremento acentuado na razão de descida, sem aumentar a velocidade, o que possibilitará corrigir uma aproximação excessivamente alta numa curta distância. É um último recurso para quando a aeronave, estando com todo flap baixado e com o motor todo reduzido, ainda se encontrar alta na aproximação para pouso.
Deverá se feita da seguinte forma:
- Em atitude de vôo planado, baixar uma das asas e aplicar pressão no pedal para o lado contrário ao da asa abaixada;
- Manter a velocidade pela atitude do nariz e o eixo de vôo pela pressão do pedal;
- Recuperar o planeio normal, no mínimo, a 300Ft de altura, nivelando as asas simultaneamente com a centralização dos pedais.
A glissagem deve ser iniciada e terminada com comando suaves e simultâneos de manche e pedal. O que causa o aumento da razão de descida é a inclinação da asa que provoca uma perda de sustentação do avião. A função do pedal contrário é nada mais do que manter a reta, uma vez que o avião tenderia a fazer curva para o lado da inclinação da asa.
ENQUADRAMENTO DA PISTA - É a manobra necessária ao correto enquadramento da pista, considerando o alinhamento, altura e distância da área de toque, que deverá estar situado no primeiro terço de pista.
FINAL - É a manobra na qual a aeronave, em configuração de pouso, deve ser voada de modo a se manter alinhada com a pista e orientada para o ponto de toque.
ARREMETIDA NA FINAL - É a manobra que capacitará o Piloto a realizar um procedimento de arremetida.
Deverá ser feita da seguinte forma:
- Recolher os flapes e ajustar o compensador do profundor, se for o caso;
- Acelerar o motor para potência de decolagem;
- Realizar a "decolagem" como previsto no Manual de Vôo da Aeronave.
POUSO - É a manobra de arredondamento da trajetória de planeio da final e o toque, com uma adequada razão de afundamento, das rodas do trem de pouso da aeronave na pista.
ARREMETIDA NO SOLO - É a manobra que capacitará o Piloto a realizar um procedimento de arremetida.
Para a execução dessa manobra, deverá ser observado o seguinte:
- Idem a Arremetida na Final.
CORRIDA APÓS O POUSO - É a manobra de desaceleração da aeronave na pista na qual foi efetuado o pouso.
PROCEDIMENTOS APÓS O POUSO - Deverão ser realizados de acordo com o previsto no Manual de Vôo da Aeronave, após livrar a pista de pouso.
ESTACIONAMENTO - É a parada da aeronave na área indicada pelo operador ou administração do aeródromo.
CORTE DE MOTOR - Deverá ser feito de acordo com o Manual de Vôo da Aeronave com a aeronave parada.
CHEQUE DE ABANDONO - Deverá ser feito de acordo com o Manual de Vôo da Aeronave, observando as condições meteorológicas